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"Mas é claro que o Sol vai voltar amanha..."

Era uma tarde fria de julho, chovia muito lá fora, essa seria a terceira vez que Maria estava no hospital para saber se estava grávida. A sala de espera era gelada e ela estava ansiosa. Há dois anos ela sofreu três abortos espontâneos nos primeiros meses de gestação.
Maria já estava nos 35 anos de idade, e já não seria fácil, suas esperanças já se esgotavam,chegou a sua vez, caminhava até a sala do médico, aqueles corredores brancos traziam lembranças tristes, ela revivia o passado de choro e desespero, se perguntava por que  não poderia ser mãe, perguntava o que Deus teria contra ela, se tantas pessoas tinham filhos aos montes e os abandonavam e ela que teria tanto esmero em criar um filho, não tinha quase mais esperança.
Maria estava grávida pela quarta vez, recebera o exame do médico, com um misto de sorriso e lágrimas, ela sabia que ali, dentro de seu ventre já tinha uma vida, sua emoção era tanta que nem sequer ouviu direito o médico dizer que seria difícil, pelos abortos das gestações anteriores, mas ali, seu castelo de esperanças, já estava montado de novo, e ela estava na torre mais alta.
Maria, 35 anos, casada, gerente de uma empresa, morava em Ipanema, Maria estava grávida mais uma vez, e seu filho agora era sua maior prioridade, Maria sabia que já era mãe, e a partir que soube que estava grávida, já amava seu filho, mesmo sem tê-lo visto ainda, Maria não sabia de onde vinha tanto amor. Ela saiu da clínica, a chuva já cessara, o sol já estava voltando. O sol já estava nascendo novamente.
 Dennison Lucas Vasconcelos

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